A Neurociência é um dos campos que mais crescem na atualidade em níveis de estudos experimentais e de associação com a prática da psicologia e, claro, com a nossa realidade do dia a dia.
Neste artigo trago pontos importantes sobre a Neurbiologia da Ansiedade, e como seu entendimento pode nos ajudar a lidar melhor com ela.
1. O que acontece no cérebro durante a ansiedade?
A ansiedade não é apenas uma sensação física ou uma simples emoção, ela é um processo complexo que acontece entre nosso corpo e mente, logo, ela tem raízes na nossa biologia.
Quando você se sente ansioso, a Amígdala, uma pequena estrutura no cérebro responsável por processar emoções, entra em ação. Ela sinaliza perigo e ativa o sistema nervoso simpático, preparando seu corpo para reagir a uma possível ameaça.
O cérebro também libera substâncias químicas como adrenalina e cortisol, também conhecido como o “hormônio do estresse”. Essas substâncias aumentam a frequência cardíaca, elevam os níveis de açúcar no sangue e deixam você pronto para agir. No curto prazo, isso é útil. Mas, em situações de ansiedade intensa persistente, esses mecanismos podem se tornar prejudiciais, afetando sua saúde física e mental. Pensa comigo, Quando todo este sistema está ativo, temos gasto de energia para sustentá-lo, ou seja, consome recursos físicos e mentais. Quando esse sistema permanece ativado com muita frequência, naturalmente teremos uma aceleração de desgaste de funções mentais (como atenção, memória e capacidade de gerenciamento emocional), diminuindo nossas capacidades; e de desgaste físico (seja muscular, órgãos internos, ou sistemas fisiológicos).
2. Como o cérebro mantém o ciclo da preocupação?
O córtex pré-frontal, que nos ajuda a analisar riscos e planejar, tenta controlar a ansiedade. No entanto, em situações de preocupação constante, ele pode ser ‘silenciado’ pela amígdala hiperativa. Isso explica por que, muitas vezes, é difícil ‘pensar racionalmente’ quando estamos ansiosos.
Além disso, áreas como o hipocampo, que regula memórias, podem amplificar a ansiedade ao lembrar você de eventos negativos do passado, mesmo que o risco atual de acontecer as mesmas catástrofes seja mínimo.
3. Estratégias para acalmar o “Cérebro Ansioso”
• “Pratique mindfulness e meditação, que ajudam a reduzir a atividade da amígdala e aumentam a conexão com o córtex pré-frontal, devido ao exercício da Atenção Plena.
• Use exercícios de respiração para ativar o sistema nervoso parassimpático, que acalma o corpo.
• Mantenha um estilo de vida saudável, pois sono adequado, atividade física regular e alimentação equilibrada ajudam a regular os níveis de cortisol.
Conclusão
Nossa mente e nosso corpo trabalham juntos, um influencia a saúde do outro, para o bem ou para o mal.
Quando entendemos como ambos funcionam, se torna mais fácil podermos lidar com nossos desafios, emoções e comportamentos. Com a Ansiedade não é diferente! Quando entendemos como ela aparece, seus efeitos, sua função e seu impactos, se torna mais fácil pensarmos em estratégias assertivas para lidar com ela de uma maneira mais saudável.